Ao contrário do jogo de Munique, em que contenção foi a palavra de ordem, no jogo do Restelo, Jorge Jesus deverá prescindir de uma defesa constituída por três defesa-centrais e deverá fazer alinhar um esquema clássico de quatro defesas, porque:
1) A eliminatória decide-se neste jogo e compete ao Belenenses, ou pelo menos tentar, correr atrás do prejuízo, pelo que não faz grande sentido fazer alinhar 3 defesas-centrais;
2) A inclusão de Gabriel Gómez (que não jogou em Munique) no onze titular permite que o meio-campo se apresente mais musculado e permite que o jogador panamiano pelas suas características naturais encoste na defesa e funcione como terceiro homem de marcação aos avançados alemães nos momentos defensivos do jogo;
3) O factor surpresa pode funcionar já que o Bayern espera que o Belenenses actue com três defesas-centrais;
4) Não é liquido que o Bayern actue com 2 pontas-de-lança face às recentes lesões de Podolski e Klose;
Outra alteração em relação ao jogo da primeira-mão prende-se com a inclusão de Amaral na lateral-direita da defesa, fazendo subir Cândido Costa para o vértice-direito do losango do meio-campo, porque:
1) Cândido Costa e Amaral juntos dão mais consistência ao flanco direito do Belenenses que vai ser invadido pela técnica e velocidade de Ribéry que é o jogador mais perigoso e o principal municiador do ataque da equipa bávara;
2) Cândido Costa é neste momento o jogador em melhor forma do Belenenses, pelo que se jogar como lateral-direito terá pela frente Ribéry e arrisca-se a ser admoestado com um cartão amarelo que pode implicar a sua substituição precoce, tal como aconteceu em Munique, condicionando deste modo a estratégia de jogo, os equilíbrios e as movimentações da equipa que dependem em muito da forma natural como Cândido Costa aborda o jogo;
Assim sendo, é bem provável (ou não) que Jorge Jesus faça alinhar de início o seguinte onze:
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