Belenenses pensa que é hora

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Em interregno do campeonato importa reflectir no percurso do Belenenses nesta época 2007/8.

Estamos a cerca de 25 % do campeonato e a menos de metade dos pontos do 1º classificado.

Na taça da liga foi coisa que nem dá para acreditar, saímos sem honra nem glória aos pés de um Portimonense que pertence a uma categoria muito inferior à nossa.

A UEFA foi uma tristeza que dá dó.

A Taça de Portugal vai vir devagar.

Que haja equipas ou clubes que brinquem com esta ou aquela competição, remetendo para as “reservas” os embates, faz sentido quando existem objectivos declarados em competições de escalão superior.

Que saibamos existem duas competições de primeiro nível em Portugal, o campeonato e a taça, as questões europeias não são mais que uma fonte de receita ao bochecho onde nos importa fazer dois ou três jogos para compor o orçamento.

Ora o Belenenses não mostrou querer chegar mais longe na UEFA e podia, pior claramente abdicou da taça da liga, logo viu-se de férias de repente sem mais justificações.

Podemos aceitar que temos como objectivos ganhar a Taça de Portugal ou o campeonato, ora na Taça ainda nem entrámos e no campeonato estamos abaixo de qualquer bitola séria.

Sei que tem gente que se contenta com pouco, como se jogasse à sueca e quisesse livrar, mas para isso não se justificava ir buscar uma colecção de craques e o investimento de compasso bem poderia servir para arrumar a casa.

Nem o discurso é lógico nem os resultados são minimamente aceitaveis.

Não se percebe que uma equipa entre numa competição senão fôr para a ganhar, caso contrário estamos num contra senso, mas no Belenenses pensa-se o contrário e tal não leva a lado nenhum.

Falar em assistências no Restelo, aumento de sócios ou engrandecimento do clube é mera conversa quando falta a vontade demonstrada em campo.

Importa perceber que o Belenenses é antes de mais um clube de futebol, onde as modalidades amadoras ou dedicadas aos praticantes são elemento acessório e não essencial.

Vale a pena pensar um pouco sobre o assunto e dar atenção aos resultados porque à conversa de “já é bom…” é coisa de minorcas.