quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Na AG votei SIM

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No lugar de Cabral Ferreira teria tomado outras opções estratégicas no pós-eleições, para além das contas que tinham que ser submetidas a AG, apresentava simultâneamente ou uns dias depois um orçamento extraordinário para o ano de 2007.

Como seria evidente, depois da campanha da asneira e terem esgotado o fel nas contas que foram aprovadas, bem torcido nunca existiria ataque credível para contestar um orçamento inerente ao cumprimento de um programa acabado de sair do sufrágio.

Aí, podia a Direcção exigir cobertura financeira e espaço de manobra para os seus propósitos que passariam facilmente, tanto mais que a oposição tinha o corpo dorido de tanta paulada e como não há duas sem três…

A esta hora já tinha feito uma AGE para remodelar os estatutos e esta seria apenas o prolongar do orçamento anterior, com pequenos ajustes e eventualmente negociava uma ou outra questão com correntes presentes para obter o maior consenso possível.

Nunca entraria no proposto aumento de quotas da QUOTA AZUL, porque parece inconsciência, senão vejamos, a proposta de 2007 aumentava um euro nos contribuintes (não eram aumentados há 3 anos) e mantinha a quota azul (instituída no ano), mais lançou uma campanha que foi a única coisa vivível em termos de markting que está em vigor, agora propõe o mesmo aumento de um euro para os contribuintes e cinco para a quota azul, claro falamos em valores mensais, é portanto penalizador e desproporcionado.

O reflexo imediato seria a redução das quotas azuis de modo significativo, em especial para aqueles que apenas fazem uso da piscina, onde a quota lhe confere alguma liberdade, mas que anda ele por ela em relação ao valor da utilização.

Para os futeboleiros nos quais eu próprio me incluo, deixaria de justificar, estaria mais receptivo ao cancelamento dos direitos de entrada livre no pavilhão e à consagração de apenas um acompanhante por jogo mais o acesso livre às piscinas.

Assim pensa um número significativo dos sócios de quota azul que privam directamente comigo e serão uns 10%.

Claro que votei contra o aumento, cônscio que tal como estava descrito não influenciava o orçamento e apenas seria uma mais valia.

Como está na moda a declaração de voto, votei SIM ao orçamento e fui vencido.

Votei SIM, não porque concorde com o orçamento no que se refere às modalidades profissionais e aqui excluo naturalmente o futebol até porque pertence à SAD, mas por dever de consciência.

Votei SIM porque entendo que mal ou bem esta Direcção merecia ter algum espaço de manobra para trabalhar e já lá vai 25% do mandato e não têm qualquer orçamento para se mexerem.

Votei SIM para que a Direcção compre tinta para acabar de pintar o pano de fundo da AG porque as riscas agoniam-me e levar com elas mais de 5 horas deixaram-me doido.

Votei SIM para que a Direcção possa trabalhar com orçamento com que se sente confortável e uma vez que os duodécimos não são uma situação estatutária e o último orçamento aprovado (digamos assim porque acho que não pois houve falcatrua), veio a Direcção que o propôs dar a mão à palmatória que não servia pelo facto de ter apresentado um rectificativo, o qual levou com a respectiva tábua dos bifes.

Votei SIM por confiança no financeiro que trabalha com os números e entender que ele não merece pagar pelos erros que é alheio (Viana de Carvalho ficas a dever-me uma).

Votei SIM porque distingo o meu amigo pessoal Armando do presidente Cabral Ferreira.

Votei SIM porque tenho a obrigação moral de viabilizar pelo menos uma vez a Direcção que mereceu o meu apoio nas eleições.

Votei SIM porque não quero que o Belenenses morra.

Votei SIM porque quero o Belenenses com amadoras e praticantes na piscina para suportar as náuticas (não se entenda profissionais nas amadoras).

Votei SIM porque não acredito que haja neste momento qualquer alternativa a Cabral Ferreira e à sua equipa.


Depois, dada a hora adiantada e não só, faltou-me colocar 7 questões, logo, deixo-as aqui e pode ser que a Direcção me responda:


Porque é que não…
- acabam com as modalidades profissionais?
- apoiam efectivamente as modalidades amadoras?
- fazem outros estatutos?
- instituiem a universalidade (um homem um voto) nas eleições?
- renumeram os sócios?
- modernizam as instalações?
- se cala o JJ?

Claro que reparei que o clube já tem instalados novos sistema de controlo e do mais avançado, neste caso o sistema biométrico que até dispensa cartão magnético, só espero que não usem como acessório o tapete para o controlo de entradas.

É que os tapetes funcionam por peso e para quem pesar mais de 90 kilos, aparece uma mensagem a dizer, “só uma pessoa de cada vez”, se fôr o caso não se esqueçam de criar um atendimento para reclamações de pesados.

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