terça-feira, 27 de novembro de 2007

Cromos do Belenenses

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Lula



Luiz Bonfim Marcos, assim se escreve o nome de um dos melhores defesas-centrais que passou pelo Belenenses nos últimos tempos e que deixou saudades: Lula.

Vindo do Brasil, Lula começou a jogar em Portugal ao serviço do Famalicão, onde cumpriu 4 épocas (1988-1992); voltou ao Brasil durante 18 meses para representar o S.Paulo e o Santos; em Janeiro de 1994 regressou a Portugal como reforço do Sporting, onde nunca se impôs; regressou ao Brasil por alguns meses para jogar no Curitiba; até que assinou pelo U.Leiria na época 1994/1995.

Lula ingressou no Belenenses na época 1995/1996 proveniente do União de Leiria, numa transferência envolta em alguma polémica uma vez que o clube da cidade do Lis garantia ter contrato com o atleta.
Polémicas à parte, o certo é que Lula, aos 29 anos de idade, acabou mesmo por representar o Belenenses.

Este defesa-central que fez parte dos pré-convocados do Brasil para o Mundial 90, destacava-se pelo seu físico impressionante e força brutal, era um daqueles jogadores que impõem respeito só de olhar, e caracterizava-se por ser um central de marcação intransponível, duro como o betão e agressivo como um furacão.
Senhor de uma enorme cultura táctica e de um apurado sentido de colectivo, era imperial no jogo aéreo e sólido a defender junto à relva.
Quem o viu jogar não esquece facilmente a sua forma peculiar de correr: de passada ampla, meias puxadas para baixo até ao limite da caneleira, bochechas alternadamente enchidas e desenchidas de forma aerodinâmica, assemelhava-se a uma locomotiva em contra-relógio.


No Belém, naturalmente logo se assumiu na equipa como titular indiscutível, formando uma poderosa tripla de centrais com Paulo Madeira e Pedro Barny, bem auxiliada nas laterais por Neves na direita e sobretudo por Fernando Mendes na esquerda.
Foi muitas vezes o último homem a defender e através dos seus desarmes e recuperações de bola tornava-se no primeiro homem a lançar o ataque.
Lula foi a voz de comando e líder inquestionável da defesa Azul versão 1995/1996, estatuto que lhe valeu a promoção a capitão de equipa após a deserção de Mauro Airez para o Benfica.

Na sua única época como jogador do Belenenses actuou em 25 jogos completos, 4 jogos incompletos, foi por 13 ocasiões admoestado com a cartolina amarela e por 3 ocasiões admoestado com a cartolina encarnada, tudo num total de 2538 minutos de tempo de utilização no campeonato.

A temporada espectacular que realizou despertou a cobiça do Porto que o contratou, pouco utilizado ao cabo de 2 anos rumou ao Brasil para representar o Vitória da Bahia durante uma época, voltou depois a Portugal para jogar na II Liga ao serviço do Paços de Ferreira.
Experimentou ainda o exótico campeonato chinês antes de regressar ao Brasil, onde já veterano e em equipas secundárias encerrou a sua carreira de futebolista.

Dados pessoais do jogador retirados de zerozero.pt

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