segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Do caricato até ao rabo

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Quando o espectáculo não se faz em campo, algo vai mal no reino do futebol.

Com as arbitragens escolhidas a dedo, com a falta de vontade dos jogadores e a resignação do treinador, não há nada a fazer ou pelo contrário, tudo há a fazer.

Jorge Jesus tomou a rédea da SAD e do clube e garantiu uma continuidade à força que lhe foi oferecida de mão beijada, agora aguentem-no que vai fazendo o que quer e lhe apetece até que o empurrem, naturalmente com a carteira recheada.

Literalmente JJ faz dos sócios gato-sapato, ciente que está num clube simpático, bonacheirão, sem rei nem roque.

O jogo de ontem com o Estrela da Amadora foi infame e até deu para o nosso accionista da SAD, através do realizador realçar a bancada que não abriu, como quem diz o estádio está às moscas.

Ânimo, alegria e fizeram banzé as escolinhas, show deu o regressado Lu e outro espectador que não parou de gritar “Bulem” lá do cimo da central.

Um dos aspectos que tem incomodado e muito os sócios, são as novas regras de acesso e a forma absurda com que os porteiros lidam com o assunto, uma vez que existem lacunas graves na definição das missões de cada um e depois naturalmente, complicar é o mais fácil.

Se bem entendo, as regras a aplicar nos acessos tendem a ser idênticas às da UEFA, ou seja, após a entrada no recinto desportivo o espectador que saia terá de adquirir novo título para voltar a entrar.

Até aqui tudo bem é lógico e aceitável.

Cumprindo este quesito que só não será aplicável aos espectadores de “cartão” e pessoal autorizado e onde por decisão da direcção estão os sócios de quota azul e de época (QSU não sei se foi comercializada), uma vez que entram sem bilhete individual de onde se destaca o bico.

Se estes sócios acedem directamente podem fazê-lo a todo o tempo, como qualquer portador de título e é impossível limitar-lhe a entrada, porque o seu título é incluído no cartão e o clube não lhe faculta um título específico com destacável.

Tal não se aplica em relação aos seus acompanhantes e convidados para os quais dispõem de títulos destacáveis.

Mesmo que os sócios de quota azul tivessem um título específico, nada os impedia que saíssem e voltassem a entrar com outro título, logo é absurdo o bloqueio de saída e reentrada.

Admitindo esta última situação de lhe ser emitido um título para entrarem uma única vez, se um sócio de quota azul tem no seu pacote mais 3 convites incluídos, pode muito bem sair 3 vezes e entrar sempre sem ser incomodado com explicações.

Não se percebe as discussões criadas pelos porteiros que só o fazem com uma secção de polícia de intervenção a fazer barreira e às suas ordens.

Paralelamente existe ainda a questão dos porteiros gerarem conflito sistemático quando alguém da quota azul ou convidado desta quota quer aceder à bancada nascente.

É direito do sócio de quota azul, utilizar qualquer lugar não vendido do estádio com excepção dos camarotes, tal foi aprovado em AG por proposta da direcção.

Nem sempre os convidados dos sócios partilham do mesmo clube que o anfitrião e faz todo o sentido que não se levem adeptos de clubes adversários para a central (cativos), aliás, como a direcção frequentemente pede e chama a atenção.

Seja por esse motivo, seja por facilidade de acesso ou mobilidade, qual é a legitimidade de um porteiro em dificultar ou impedir mesmo o acesso a lugares a que o sócios e seus convidados têm por direito adquirido?

Os porteiros estão a prestar um mau serviço ao clube, será apenas da sua responsabilidade? Não creio, mas que estão a desrespeitar uma decisão da AG e a dar uma péssima imagem do clube, não tenho dúvidas.

Como será evidente este é apenas um dos muitos aspectos que se repercutem em assistências vergonhosas.

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