sexta-feira, 25 de agosto de 2006

Estado do futebol

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Não chega as confusões do médio oriente, as complicações do Líbano em que partidos armados dominam parte do território e não permitem (permitiam) a acção do exército do próprio país, senão qual sub-estado do futebol que passa a ser um estado promíscuo, num país que se chama Portugal.

Laurentino Dias, secretário de Estado do Desporto, no seu portal pago por nós todos trás a notícia de que não recebe ordens da FIFA. Alguém lhe perguntou alguma coisa?

Estamos fartos de políticos imiscuídos no futebol, começo a ser adepto das incompatibilidades que estão na moda, entre política e futebol uma vez que é mais nociva que positiva.

Quando um clube se associa, é livre de se inscrever, mas a sua inscrição obriga a direitos e deveres e comporta sanções para quem prevecarica. É uma forma de organização como num escalão anterior já tinha acontecido entre os sócios para a formação do clube. E a pirâmide segue das associações para a federação e desta para os organismos internacionais, sempre nos mesmos princípios de liberdade, onde cada membro interfere no própria actividade e organização a que pertence.

Sendo assim, que fazem os políticos e orgãos de soberania no meio disto tudo? complicam!!! em vez de articular e dotar de meios os escalões nacionais, interferem de modo extemporâneo nas organizações.

Qual a função dos políticos numa relação com a FIFA ou com a UEFA, apenas serem o garante das condições das entidades desportivas do país, nada mais.

A FIFA não dá ordens ao governo português. O mais que pode é por uma questão de cortesia explicar o que é aceitável num quadro de exigência internacional da modalidade. A única arma de que dispõe é a penalização ou exclusão da sua filiada ou sub-filiada, prejudicando indirectamente o país. Ordens não dá, adverte.

Do mesmo modo, a aplicação da jurisdição e legislação comum de cada país à prova seria uma autêntica torre de babel, se acrescentarmos à morosidade da justiça portuguesa e às trapalhadas, fruto de uma legislação e do sistema processual, talvez sejamos um excelente exemplo pela negativa para o efeito.

Soberanos seremos sempre, até porque não é a FIFA que decide, agora, não permitir que os orgãos competentes o façam e interferir com a sua actuação, ou ainda misturar as coisas é que a FIFA não estará disposta a aceitar. Se querem ficar isolados... assumam e depois não se queixem.

E Valentim já suspendeu o Gil Vicente? Está à espera de quê?

Xandala

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