terça-feira, 8 de agosto de 2006

Toca a reunir - O Manifesto

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Acabados de chegar de férias, três ilustres belenenses resolveram lançar mais um ataque. Bem delíneado, basicamente é difícil discordar com as questões de fundo, pelo momento e pelas vozes que se juntam, saudam-se e "toca a reunir...".

Pela dimensão, cortou-se as partes já conhecidas à saciedade, todavia remeto para http://cfbelenenses.blogspot.com/ uma leitura mais completa.

Onde poderá também subscrever (nos comentários) o referido texto.

Manifesto de um grupo de associados


I - Identificação dos Signatários

Joana Leote de Almeida, Jurista;
Jorge Emanuel Coroado, Bancário/ex - Árbitro Intern. de Futebol;
José António Nóbrega, Perito Independente Ajuramentado;

II – Declaração de Princípios

Os signatários, cidadãos independentes, decidiram manifestar a sua preocupação e revolta, perante os contornos obscuros e de ética duvidosa em que o chamado ”Caso Mateus” resvalou nos últimos meses com a mais completa aquiescência ou indiferença das Entidades que deviam fiscalizar e fazer cumprir a legislação em vigor.
Esta nossa posição não é tutelada por quaisquer interesses políticos / partidários, desportivos ou mesmo de índole clubística. Não é igualmente uma manifestação contra nenhuma região do país, apenas e tão só, enquanto adeptos do Clube de Futebol “Os Belenenses” que pugnam pela verdade a todos os níveis, contra a batota e amiguismo que se têm vindo a instituir como forças dominante de alguns grupos, que aos poucos, têm-se sobreposto às leis vigentes.
Educados no são convívio desportivo, sempre aceitamos as vitórias, empates ou derrotas, como consequência final natural e lógica, do empenho, arte ou até mesmo algum melhor aproveitamento de sorte momentânea, aquando do correcto confronto com honrosos adversários que disputem as competições em que seja possível chegar ao fim com um destes três resultados, na mais estrita observância das leis vigentes.
Infelizmente, ao longo longo das últimas décadas, nomeadamente no que toca ás Competições Desportivas Profissionais, assiste-se ao desmoronar completo deste “Edifício”, com o subsequente descalabro da verdade desportiva, em favor da prática continuada de pequenos truques, branqueando-se os mais diversos atentados à verdade.
Na prática, as regras que deveriam ser iguais para todos, são interpretadas por algumas pessoas que deveriam dar o exemplo de isenção e idoneidade das formas mais díspares, nalguns casos, mesmo contraditórias, sempre que é necessário servir amigos e compadres, no mais completo despudor voyerista.
Porque este combate é a luta da Vida de Todos Os Belenenses, entendemos que todos os Adeptos têm o dever de defender o Clube contra a batota.

III – Das Razões Obscuras que Descredibilizam o Futebol Português

Com horror, assistimos à Norma “Institucionalmente Aceite”, de que : “… o que hoje é verdade no futebol português, amanhã é mentira...”.
Segue-se a telenovela “Apito Dourado”, onde a batota voltou a prevalecer, a partir do momento em que não são validadas as conversas recolhidas pela PJ, indo por água abaixo a “prova”, recolhida pelo esforço de homens sérios que não se haviam intimidado com as ameaças dos “tubarões do futebol”, que assim escapam pela “malha pequena”.


III – Particularidades do Caso “Mateus”

> Este caso, trata apenas e tão só da batota do Gil Vicente, que não aceitou as regras do jogo e tenta a tudo o custo, safar-se da enrascada em que se meteu, obstruindo a justiça desportiva com truques e malabarismos baratos;

> Querer branquear este caso, é o nojo a que vamos assistindo diariamente, por todos aqueles que se esquecem que Paços de Ferreira e Guimarães também queriam o jogador Mateus e aceitaram o parecer da liga, ou seja, ficaram prejudicados porque respeitaram os regulamentos que todos livremente votaram;

> Pensar-se que o CJ da FPF, aceita sujeitar-se à chacota pública que o delirante de Barcelos já anteviu, era a gota que faria transbordar a confiança na justiça desportiva e magistratura portuguesa;

> O Artº. 63 preceitua:
> 1. Os clubes que, salvo nos casos directa, expressa e legalmente previstos, submetam aos tribunais a apreciação de questões contidas na regulamentação desportiva serão punidos com pena de baixa de divisão.
> 2. Não carece de autorização a interposição de acções judiciais destinadas a efectivar a responsabilidade por factos ilícitos culposamente praticados pela FPF, Liga, titulares dos seus órgãos ou funcionários.

… (segue-se o relato do caso)

IV – Notas Finais
> Os factos acima relatados são do conhecimento geral e tornaram-se crimes públicos, face ao código penal;
> O que está em jogo, é a punição dos batoteiros que pervertem as leis, respeitadas por outros, qual Chico-espertismo nacional;
> Não acreditamos que os Dignos Conselheiros do CJ da FPF se demitam das suas responsabilidades e prefiram “alinhar” neste triste e deplorável espectáculo, digno de um qualquer país do 5º. Mundo;
> De uma vez por todas as leis têm de ser respeitadas, sancionando-se todos os batoteiros prevaricadores, sejam eles quais forem, sob pena de o tal Estado de Direito, não passar de mera intenção formal;
> A FIFA tem conhecimento deste processo de fio a pavio e aguarda apenas que a “bota” seja descalçada pela FPF, conhecedora que é de alguns dos truques e compadrios que descredibilizam o futebol português desde há mais de 30 anos;

> Os Signatários não deixarão de assumir as suas responsabilidades para levarem perante a justiça “todos os traficantes” deste processo;

> Com este caso e perante a firme convicção do Presidente Engº. Cabral Ferreira, o Clube de Futebol Os Belenenses passou, perante alguns, de Entidade Simpática, a clube odioso;

> Ainda bem, também os nossos fundadores tiveram de lutar contra velhacos e velhacarias, para alcandorarem o clube à Galeria dos Notáveis, varrendo e enchotando sucessivos escolhos que lhes eram colocados propositadamente no caminho;


> Cumpre-nos ainda referir, que as questões por nós levantadas são cochichadas em surdina na sociedade portuguesa, alguns políticos têm amplo conhecimento de todas estas matérias, uns não actuam por compadrio, outros porque lhes falta coragem e outros preferem o alheamento envergonhado;

> Ao governo e demais Autoridades Desportivas, exige-se rigor e combate frontal aos batoteiros, sempre que nas respectivas actividades circulem dinheiros públicos;

> Não é só apregoar-se que somos sérios, temos de comportarmo-nos efectivamente como a mulher de César “…sê-lo e parecê-lo…”;


Lisboa, 8 de Agosto de 2006


Xandala

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