sexta-feira, 16 de maio de 2008

Sem Pressas



Voltou-se o relógio ao contrário e recomeçou a contagem do tempo. Jorge Jesus continua no Belenenses, mas...

Foi um Jorge Jesus muito triste, abatido e nervoso que se apresentou hoje na RTPN, não sabendo como evitar as questões mais delicadas dos jornalistas. A reunião com o nosso presidente deve ter sido dura e prolongada e permitiu antes de mais nada concluir que Jorge Jesus é desejado no Restelo, mas com menos poder. Jorge fala de que quer o melhor projecto desportivo para si, independentemente do dinheiro. Muito se poderia especular sobre o que estas palavras quererão dizer. Velho é o provérbio que um teimoso não teima sózinho e talvez estejamos na presença de 2.


O programa focou a carreira do Jorge Jesus e do Belenenses, vindo elogios de todos os quadrantes. Jorge foi várias vezes indicado como um dos melhores treinadores portugueses e várias pessoas acharam impressionante o facto de nenhum clube grande o ter chamado. O Belenenses foi referido com especial carinho e sairam muitos elogios a jogadores como Rolando, Ruben Amorim e Silas, por exemplo.

Dos 2 anos que JJ esteve no Restelo saliento a forma como a equipa se passou a bater com todas as equipas do campeonato, técnica, táctica e fisicamente, sem receios e para ganhar. Mais importante do que a ida à Taça Uefa foram para mim as vitórias sobre Sporting e Benfica, nossos arqui-rivais. A pior parte de Jorge Jesus é a aparente falta de preocupação com as questões orçamentais do Belenenses. Como é que se justifica a entrada de tantos jogadores em Janeiro, com o aproveitamento que tiveram? Certamente que tiveram o seu aval. Seria muito importante incluir uma cláusula nos contratos com os treinadores relativamente às questões orçamentais, de forma a melhorar a eficiência financeira do clube. O treinador é a pessoa melhor posicionada para seleccionar, promover e auxiliar na progressão de jogadores, pelo que deveria ser recompensado neste items e não exclusivamente em critérios desportivos relacionados com a conquista de uma ida à UEFA, que considero de todo ridícula quando conseguida com um 4º, 5º ou 6º lugar. Se um jogador é bem vendido, ou vai à selecção, o treinador merecia ser premiado, assim como se o clube não cumprisse o orçamento devido às suas exigências, devia ser penalizado.

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