Telmo Carvalho (esquerda) e Henrique R. (direita)
Trinta anos atrás veio a moda mas meias e calças brancas, um espectáculo nas boites com o uso da novidade "luz negra" que fazia sobressair a vestimenta dos utilizadores.
A meia adquiriu a designação "pé de gesso" e a calça "homem dos gelados", quando se estava fora de época ou tempo de chuva dizia-se " Calças brancas em Janeiro é sinal de pouco dinheiro", quer dizer "teso" caso o uso não fosse de sol aberto.
Por esse tempo o falso branco revelavasse e o AJAX lava mais branco não podia encobrir o sujo e amarelados encobertos, o uso do negro estava reservado a guetos mais ou menos afectos a gatos pingados.
Hoje de acordo com o escalão etário dos nossos leitores, muitos não entendem as comparações e um dia destes metemos legendas ou glossário.
Nessa altura era moda os homens usarem solas com 3 cms e saltos(tacões) de 7, tal como as socas e outros adereços que não lembram aos míudos actuais.
Os telemóveis e PCs não havia.
Os cabelos compridos faziam as delícias de muito jogador que não conheçe cabeleireiro, mas nesse tempo existia o barbeiro onde se fazia a barba.
Ninguem se atrevia a desvalorizar os Belenenses e havia jogos de matrecos onde a equipa era permanentemente contendora, aliás onde chegou a pontuar uns anos antes a Académica.
Em qualquer feira ou loja podia-se comprar um azulejo, uma graçola de barro, um copo, prato ou um cinzeiro com o símbolo do Belenenses e o que era raro era o fcp.
Recordo uma feira de infância, o São Mateus de Elvas, onde a maior gama de artigos era do Belenenses e para os adeptos de outros clubes quando queriam associar a funcionalidade ao clubismo, tinham que abdicar por falta de oferta.
Os Belenenses foram indevidamente esquecidos, quiçá por culpa própria, mas aqueles que abraçam a profissão de jornalistas, especialmente na área do desporto têem obrigação de estudar a história, valorizar a dimensão do clube que cobre e sobre a sua missão, têem que fazer o trabalho de casa.
Para re-erguer o clube estamos cá nós, façam o favor de respeitar ou desaparecem.
Percebo que esta geração está limitada por títulos académicos e ergue a cabeça como se ao fim de 20 anos de estudo de muitas disciplinas sejam os maiores e incontestados.
Miseráveis ignorantes que muito sabem da poda e nada sabem da árvore.
Num rasgo vejo Jacinto do Ó que quase aposto não tem licenciatura, mestrado, doutoramento e muitos work shop e consegue fazer uma entrevista telefónica, a partir do deserto como dizem os ministros, fazendo cantar um presidente do maior clube português, Cabral Ferreira que não revela nada que não queira, mas numa prestação altamente esclarecedora e elogiosa.
Os passos visíveis desta direcção de Cabral Ferreira, em nada se devem comparar com a anterior, e se nada temo, começo a temer pelos adversários e decerto não serão jornalistas de quilate duvidoso que nos irão travar.
A oposição desfazada e fora de tempo que não soube fazer o nojo à anterior e conceder o estado de graça à actual, terá que aprender e muito com esta estrutura directiva.
Aproveitar os erros e propor alternativas é saudável, independentemente da colaboração e disponibilidade a que os consócios estão obrigados moralmente, mas tal não pode sustentar ataques extemporâneos a quem se disponibiliza para tentar erguer o clube.
Tempo é coisa que não existe nos tempos modernos, vamos embora que se faz tarde e quero ouvir que os Belenenses vão lutar para ganhar todas as competições em que vão participar.
Não me parece que os lampiões tenham ganho qualquer caneco, nem das caldas e no último dia do campeonato a mensagem era vamos ganhar enquanto matematicamente fôr possível.
É este discurso que exigo aos responsáveis azuis.
ÓVIRAM???????????
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