quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

Amizade e o resto

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Sinto-me frustrado, as notícias dão conta da audição de Carolina perante a magistrada Morgado, tudo bem e que seja útil e se o fôr terei eu razão.

Amigos tenho poucos, reconheço que de menos para uma pessoa da minha idade, valha-me alguns que fazem questão de o dizer sem eu lho pedir, porventura, numa imagem pessoal de marketing, mas dizem, é isso que importa e agradeço.

Se a amizade constrói-se é um início e neste capítulo tenho um núcleo de amigos no Belenenses que é o mais importante dos circulos onde me situo, fico feliz com isso.

Não temos empatia com todos nem com a maioria, mas satisfaz-me ter boa relação com Marco Aurélio, Roma, Jorge Jesus e até o presidente, porque não ter começado por ele.

Quanto a Cabral Ferreira, contesto na prática, assumo que lhe tenho feito a vida negra, de algum modo tenho sido implacável, se bem que não é contra a pessoa, mas enquanto figura visível do cargo e nesse dividido por todos os onze da equipa.

Quis o acaso que para além do respeito devido, sem que tenha de abdicar da minha condição de crítico, tenha no meu núcleo de amigos o próprio presidente do belenenses, não é a primeira vez, tal já tinha acontecido com o Major Ferreira de Matos, é complicado criticar abertamente um amigo, mas a consciência determina agir em conformidade.

Nunca Cabral Ferreira pediu uma atitude disconforme ao meu pensamento, nem levou a mal que perante um documento a aprovar, visse a minha discordância, são quadrantes diferentes, vistas e objectivos de política clubística distintas, nada que impeça a amizade, o respeito, mas as convicções são levadas ao rubro no discurso e na prática.

A amizade será isso mesmo o respeito pelo outro? não sei se será só isso, decerto, não.

Por causa do belenenses, entrei em contacto com ele várias vezes recentemente, as coisas correm, problemas administrativos são resolvidos, projectos analisados, enfim, facilidade de relacionamento.

Se calhar o Belenenses nesta fase precisa disto, mas num clube organizado, não teria de recorrer a ele tantas vezes, seria mais recomendável telefonar para irmos almoçar e falar do último jogo.

Voltando a Marco Aurélio, tenho que o levar a umas mesas de snucker profissional, daquelas que não há nos salões tradicionais, coisas de apreciadores. Fica a promessa, assim queiras.

De retorno à Carolina, no meu tempo, já estou velho, dizia-se conversa de putas, nada que tenha a ver com a profissão, mas com o tipo de conversas.

Quando associado à profissão, vocês sabem do que estou a falar... Querem é o guito e o cabrito que se lixe.

Será assim que se limpa o futebol?

Pode ser que as putas que conhecem as outras putas, disputem tudo e se faça luz, veremos.

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