Do lado poente do pavilhão, surge um restaurante discreto, conhecido por "vilas", mas Vilas é o nome do explorador de há muitos anos.
A referência a "vilas" é quase sinónimo de espionagem e contra-informação clubística desde à dois anos, não é de todo mentira, mas como todas as mentiras, tem que ter algo de verdade.
Com efeito, é no Vilas que se discutem muitos assuntos da política do Belenenses, é no Vilas que se arrumam estratégias, que se definem projectos, que se celebram vitórias, que à pressa se foje à tristeza, enfim, é um espaço que varia entre o místico e a baderna.
Vilas é o homem, belenenses de coração, galã de alma e espírito, o pé de dança que se solta ao som da música de baile. O tempo e as agruras da vida travaram-no, mas o espírito está livre, apenas comprimido pelos condicionalismos que esta vida nos concede pelo peso da idade.
Não há AG a que não assista, mas sistematicamente não vota para não ferir sensibilidades, afinal, não se quer dar mal com ninguém...
Mas sofre e sofre com o belenenses, o seu belenenses, mas tem a vantagem de ser o primeiro a saber das alegrias. No futebol, lá está ele, no acesso antes da escadaria dos cativos a ver encostado à parede do camarote do presidente, é o lugar dele, coisas do estar.
No restaurante, passa tudo, desde coronés, a vices, ao presidente que é raro, à oposição. É local previligiado do pessoal das modalidades do pavilhão, mas também, a pouco e pouco da natação, os bloguistas pontuam e escolhem como lugar de eleição, antes dos jogos, para a sandes e a bejeca, com eles muitos outros, enfim é o vilas.
Quando há que falar e estar sossegado, ao almoço ou durante a tarde, é o Vilas, mas cuidado, a espionagem leva ao presidente qualquer ajuntamento de pessoal (mínimo 2 pessoas) que tenham tomado qualquer posição contra a direcção, que não sejam conhecidas ou simples paraquedistas.
O Vilas não é, quem será?
Afinal, o vilas é o Vilas, quem não o conhece...
Sem comentários:
Enviar um comentário