O Belenenses não voltará a ser como dantes depois de 2006, quem quer que continue ou entre de novo para a direcção terá uma nova geração atenta.
Os valores do antigamente serão depurados e num confronto entre clube ou previlégios mesquinhos, vencerá o clube e neste aspecto estou tranquilo, possivelmente não estarei no que se refere ao método e na abertura que os antigos querem deixar de herança aos novos.
Para mim não existe presente enquanto tempo, existe passado e futuro, a transição é feita por um simples operador que transforma o futuro em passado instantaneamente. Esse operador, qual ponteiro, chamo presente.
Dia 30 foi dia de casamento familiar, Pedro desposou Diana e/ou vice-versa,nada demais e seria um como qualquer outro, depois das cerimónias religiosas, umas fotos e interregnos desesperantes para aceder ao chope-chope. O cansaço das esperas e a inutilidade de uso dos tempos, a roupa que se quer a preceito, os espaços de o lauto almoço ajantarado que baralha digestões e padrões alimentares... a idade já pesa sem ser avançada e os erros alimentares do passado não perdoam.
Curioso e motivo que trago a história, deve-se ao facto usual de em festividades familiares, o tema futebol e Belenenses ser a ordem do dia. Quando nada há para dizer, basta perguntarem-me pelo Belenenses e há conversa até dizer chega, mais um familiar é Belenenses e nem gosta de falar no assunto entre tantos estaroleiros.
Neste casamento, foi diferente, o brado e a conversa do costume veio logo à saída da igreja, a minha mola de gravata assumia sem pudor o meu clubismo e orgulho, discreto (nem sei se é discreto, admitamos), mas conhecido da família à exaustão e a raiar a doença segundo os mais ferranhos.
Enquanto se esperava a saída dos noivos, após cumprimentos e assinaturas, aparecem dois consócios, para mim desconhecidos, exibindo na lapela o emblema distintivo, a atenção até varreu os dois "ratas" e foi entretem para perceber o que se passava.
Vistoriado com minúcia, havia mais dois pastéis na família... dois?... parece que são muitos mais e todos do lado da Diana.
Na ementa constava pastéis de belém e foi mais uma, os noivos entraram na sala ao som de "We are the champions" e foi mais uma questão a pairar na mente das gentes.
Ninguém se atreveu a mexer muito mais, o respeito imperou, pena que as toalhas e guardanapos usassem verde alface, mas eu ria-me cá dentro. Nenhuma referência foi feita a estarolas publicamente e foi calmo.
Em contrapartida, a minha passagem do ano a 200 kms, na Sertã, foi alvo de ataque sem precedentes, após as badaladas uns gritos e coros com a concordância e aderência da artista de serviço, berravam "slb" o que duas horas depois se veio repetir, será que não entendem que pelo facto de se ter orgulho no clube não é preciso impor aos outros a nível de provocação o mau gosto mal assumido?
Têm medo de ostentar os seus símbolos, neste caso e por razões estéticas nem me fiz presente com a mola de gravata, foi mesmo com a gravata oficial, mas vá lá eles saberem qual é a gravata oficial e saberem o que é educação.
Jorge Jesus estava espectante e a direcção também, Meyong estava a fim, mas o Levante a braços com uma mudança de direcção e possível mudança de treinador, não está pelos ajustes de pagar 2/3 do salário para o homem jogar no Restelo.
Meyong passou a ganhar demais para o que o Belenenses lhe pode pagar, assim recebe e não joga, são coisas de aspirantes a jogar pelos estarolas.
Tenho JJ em boa consideração sem reservas, coisa que nem tem sido fácil nos últimos anos, tem um capital de confiança ímpar pela minha parte, apenas discordo de um discurso pouco ambicioso, mas se os resultados e os títulos vierem, nem me aborreço muito.
Nem a propósito, Jorge Jesus está a ser caricaturizado neste momento na rtp 1, pelos gatos fedorentos, pelo menos já é algo... estava a ver que nem nas caricaturas nos passavam cartão.
2007 está a mudar.
segunda-feira, 1 de janeiro de 2007
Belenenses e Jesus
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