terça-feira, 2 de janeiro de 2007

Democracia e ano novo

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Entende o nosso presidente desejar um bom ano, agradecemos e retribuimos.

Aproveita para tecer considerações sobre as dificuldades do ano transacto e quase fazer um balanço, agradecemos e vimos.

Recorda então os seus conceitos de democracia, agradecemos e não concordamos.

Os Beleneneses na sua organização nada têm de democrático, apesar de outrora sermos mais democráticos e a vontade dos sócios ser mais atendível, mas pronto não se pretende fazer juízo de valores quanto ao ser mais ou menos democrático, ser mais ou menos belenenses, nestas coisas ou é ou não é.

Colocando de lado a questão da política, porque é afastada pelos próprios estatutos, logo nem deveria vir à baila, as eleições dos Belenenses, já o disse e volto a repetir não são democráticas, não volto a explicar para não ser maçudo.

Digo e volto a dizer, seja democracia ou bom senso, pontapé na bola ou simples vontade, os sócios são soberanos e não bonecos que podem mudar (de preferência não) de 2 em 2 anos ou quando quiserem e entenderem, não deixando à conta dos eleitos NÃO DEMOCRATICAMENTE, o poder de todas as tropelias. Se os eleitos não cumprem os sócios têm todo o direito de os substituir.

Errou o nosso presidente.

Se os mandatos são para cumprir, esses mandatos referem-se a um programa que para além das dotações orçamentais a que é dado aval, a não aprovação orçamental ou o respeito pelo programa aprovado em plebiscíto democático (ou não), são determinantes da legitimidade moral ou estatutária de uma direcção. Não venham com omissões, jogos de cintura ou duodécimos que em lado nenhum se encontram nos estatutos. Neste capítulo vale dizer que por omissão, um orçamento não aprovado até final de Novembro implicaria de imediato eleições, analisem os estatutos e depois digam-me em consciência se a interpretação não é a mais correcta em oposição aos duodécimos inexistentes.

Por favor, não falem em democracia quando nem são democratas, quando não sabem tomar ilações, quando não cumprem os programas sufragados, mesmo Não Democraticamente, quando não são capazes de dizer, EU COM ESTA EQUIPA NÃO SOU CAPAZ!

Mudaram os estatutos? fizeram evoluir o clube? aumentaram o património? fizeram mais valias no existente? obtiveram ganhos organizativos ou no mínimo adaptaram-se às novas exigências? Tiveram sucesso desportivo?

Lamento que 2007 se inicie de forma errada e por duodécimos (não estatutários) lamento os cofres vazios e tudo por fazer, mas espero que as eleições tragam algo de novo, nisto tenho esperança, adiada mas esperança.

Não acredito na tese, de uma não verdade repetida muitas vezes acaba por se tornar verdade.

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