terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Caso Meyong - E agora?

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O caso Meyong põe a nu várias fragilidades existentes no Belenenses.

Se a nível externo houve má fé ou desleixo, quer da parte do Levante, da Real Federação Espanhola, da Federação Portuguesa, da Liga e da própria Naval, neste caso deslealdade desportiva e do próprio Meyong que enquanto profissional tem a obrigação de conhecer o que pode ou não pode fazer.

Seja como fôr a principal responsabilidade é do Belenenses, neste caso da SAD porque os ditos “homens do futebol”, têm a obrigação de saber antes de assinar um contrato, se o jogador tem problemas físicos, contratuais que o impossibilitem de jogar, sejam castigos ou outras reservas próprias dos regulamentos, mais, fazê-las acautelar nos próprios contratos.

Não concordo com o futebol fora do clube e as pseudo-blindagens que retiram o controlo dos sócios sobre a actividade que é a razão de ser do clube e ainda concordo menos com a acumulação de cargos entre a direcção e a SAD, porque na prática é transformar em “quintinha” particular do presidente o futebol.

Em situações deste género ficamos automaticamente com a direcção refém pelo vínculo estabelecido gerando estados de mal estar fracturantes entre a massa associativa.

Ora se os vários pontos programáticos pedidos pelos sócios, são sistematicamente esquecidos i.e., regulamentos, modernização administrativa, beneficiação das instalações, campanhas de sócios, renumeração, etc e os resultados desportivos são medíocres, qualquer revéz eleva a tensão a níveis insuportáveis.

Muitos associados não sabem distinguir SAD de Clube, accionista de sócio e como se percebe a separação artificial faz recair no todo do clube os problemas de modo bi-lateral.

A contestação à direcção sobe de tom e vem juntar-se aos chumbos de orçamentos e a uma gestão pouco cuidada das modalidades profissionais.

Aos discursos de JJ vieram-se juntar os de Cabral Ferreira algo displicentes, desvalorizando e dando como dado adquirido a perda de seis pontos, como que baixando os braços em vez de tomar medidas enérgicas com pulso forte.

Não se espera um ambiente pacífico pelos lados do Restelo, pior, nem soluções alternativas.


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