As reacções e pressões vão-se fazendo sentir um pouco de todo o lado. As candidaturas querem a sua divulgação, o que é natural, mas querem fazer "caixinha" e só dizer o que lhes convém e quando querem. Se os comentários, críticas e opiniões não agradam e são 100% favoráveis, teimam em rotular-nos de adversários.
Não fomos nós que fizemos os estatutos, nem dirigimos o processo eleitoral, temo-nos limitado a transmitir a nossa leitura do pulsar da vida do clube, através da crítica, da opinião e da crónica.
Não temos qualquer alinhamento ou defendemos qualquer lista, estamos à margem, por enquanto.
Para nós as candidaturas são oficiais depois de confirmadas pelos serviços e aceites pelo presidente da AG, altura em que lhe é atribuída uma letra. Não vale a pena dizer que são candidaturas oficiais ou servirem-se disso como arma de arremesso, porque mais não são que pré-candidaturas.
Uma pré-candidatura "inteligente", faz o seu anúncio com a indicação da equipa e os traços gerais programáticos, à laia de quem somos e ao que vimos. Quando a tarefa é bem feita, permite que a reacção dos associados, ajude a limar arestas ao texto do programa e a adequá-lo às aspirações dos potenciais eleitores.
O que faz falta aos pré-candidatos é saberem ouvir os sócios, em lugar de se ouvirem a si próprios e arranjarem umas coisas para dizerem.
Com o actual duplo sistema e com o maior empenho dos sócios mais novos, as candidaturas deviam ter em conta as experiências recentes, porque pode muito bem acontecer e tem todos os ingredientes para isso, que uma lista vencedora mesmo por maioria, pode ver chumbadas as contas na semana seguinte, pior, podem ter que fazer todo o mandato com duodécimos do orçamento não revisto de 2005.
O peso eleitoral de uma meia dúzia que controla as eleições é muito diverso da massa associativa real e essa está representada nas AGs que aprovam as contas e orçamentos.
Portanto, meus caros, ouvir os sócios não é só ouvir o barulho dos votos a caírem no fundo da urna.
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