quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Zé Pedro e a Selecção

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Zé Pedro é hoje aos 28 anos de idade um dos melhores executantes da fina arte de jogar futebol em Portugal.

Jogador de excelente recorte técnico, de visão de jogo apurada, de pontapé forte e colocado, de passe preciso, é um autêntico geómetra dentro de campo.

“O Cristo de Belém” combina atributos de organizador de jogo com atributos de um médio de contenção.

Se trabalhasse mais o jogo aéreo, se aumentasse o poder de choque, e a capacidade de agressividade sem bola, seria certamente o médio mais completo do futebol português.
Zé Pedro, médio canhoto, é sem dúvida um jogador de características únicas em Portugal.

Desde que Rui Costa optou por abandonar a Selecção Portuguesa após o Euro-2004 que não existe uma alternativa credível a Deco na Selecção.

Hugo Viana, uma promessa que tarda em afirmar-se, é o escolhido por Scolari para desempenhar tal função.

O médio do Valência não é titular indiscutível na sua equipa e ontem apresentou uma clara falta de ritmo de jogo, realizando uma exibição irregular no tempo que esteve em campo com a camisola das Quinas.

Sabendo-se que Zé Pedro é um jogador de características únicas em Portugal, sabendo-se que Zé Pedro atravessa um excelente momento de forma, sabendo-se que Zé Pedro é o jogador mais influente do Belenenses, e sabendo-se que Zé Pedro é um dos melhores jogadores do campeonato, não se entende porque razão não é dada a Zé Pedro uma oportunidade, mais que justa, de se mostrar na Selecção de todos nós, mas que não é para todos, é só para alguns.

A aliteração “Zé Pedro” não é ao acaso, e é um prazer repeti-la.
Zé Pedro...Zé Pedro...Zé Pedro...

Parece que o senhor Scolari tem três critérios para fazer a “convocação" de jogadores, como ele diz em bom português do Bráziu:

1)Se joga em Portugal, tem de jogar nos 3 do costume.
2)Não poder ter o nome “Baía” como apelido.
3)Tem de jogar numa equipa estrangeira.

Quem perde é só Portugal.

Para o José Pedro, Zé Pedro, “Cristo de Belém”, “Bombardeiro”, “Salazar” ou como lhe quiserem chamar, aqui lhe dedico uma quadra:


O “Cristo” está bem é em Belém,
Onde (re)nasceu para o futebol,
A Cruz ao peito fica-lhe bem,
O seu jogo é fino canto de rouxinol.

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