quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

Pombal nas piscinas

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O complexo das piscinas de origem tinha previsto um restaurante ou bar com esplanada, uma vista magnífica sobre o tejo, na cobertura do edifício de entrada.

Com o tempo e a dança das capelinhas, o espaço panorâmico foi ocupado pelos serviços de contabilidade e a esplanada desprezada a favor dos pombos. Dá Deus nozes a quem não tem dentes.

O tal espaço nobre de lazer, ocupado com os ditos serviços serve apenas de restaurante a pombos vadios, fraco investimento.

Do muito errado que isto seria, esquecem os zelosos empregados que é proíbido alimentar pombos vadios em Lisboa, tal como na maioria das urbes, sendo uma contra-ordenação às posturas municipais.

Como agravante isto passa-se junto a piscinas, mais, que estas no verão ficam a descoberto e manter pombos perto de piscinas é um atentado à saúde dos utentes.

Recordo o artigo de pesquisa do Pedro Martins «É importante salientar ao leitor a importância de manter a higiene adequada de suas piscinas em relação a diversas doenças que podem acometer humanos e animais. As doenças podem ser consideradas zoonoses (acometem animais e são transmissíveis ao homem - e vice-versa) e antropozoonoses (acometem o humano e são transmissíveis aos animais).

Uma recomendação é não permitir o acesso de animais domésticos (cães e gatos) e silvestres (principalmente roedores) às piscinas. Mesmo que estes sejam pertencentes à família - no caso dos animais domésticos - pois, sendo irracionais, eles não tem comportamento higiénico adequado.(…)

Micoses (doenças transmitidas por fungos): Candidíase (Candida albicans), que causa dermatites (problemas de pele) e vaginites (mulher), assim como a Malassesia pachidermatis e Malassesia restricta. Estes fungos são resistentes à ação do cloro. A criptococose (causada pelo fungo Criptococcus) é outro fungo, encontrado nas fezes de pombos, de onde podem contaminar o homem, dando horigem a infecção pulmonar e meningite.»

Não admira pois a contaminação da água e os problemas que infelizmente atingem os nadadores em determinadas ocasiões.

Junto às notícias dos banhos caninos nas piscinas em que nada foi feito, vem mais esta vergonha.

Será que ninguem pensa naquela casa?

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