sábado, 9 de dezembro de 2006

A Vitória Que Veio do Frio

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Foi tarde, mas começaram a chegar...

Finalmente Jorge Jesus e seu rapazes começaram a distribuir as prendas de Natal pelos adeptos de Belém. Depois de 3 jornadas terríveis em que os preciosos pontinhos foram para outras bandas, JJ acertou a estratégia e juntamente com uma estrelinha de sorte conseguiu somar 6 precisos pontos em 2 difíceis jogos.

Estava um frio de rachar, a claque Fúria Azul estava mais entusiasta e alegre que nunca e o nosso Capitão já fazia as delícias dos adeptos logo aos 3 minutos. Houve muito bom sócio que não chegou a tempo de ver este golo, mas era o claro prenúncio de uma noite em cheio.

O jogo foi todo ele um regalo, com as duas equipas a optarem por um futebol aberto e vistoso e o golo muito próximo de acontecer em qualquer das balizas. A sorte que noutras ocasiões nos virou as costas, desta vez não nos deixou e conseguimos atingir o final da primeira metade na frente do marcador.

Tal como noutras ocasiões, o Belenenses entrou melhor na 2ª parte. A equipa não se remeteu à defesa e as oportunidades de golo iam acontecendo sistematicamente junto à baliza do Braga.

Costinha com 5 gigantes à sua frente, esteve muito bem, com reflexos muito apurados e muita atenção. Sandro Gaúcho é o trinco que nos faltava, com muito poder de antecipação (aliás toda a equipa esteve bem a recuperar bolas) e a efectuar passes longos com precisão, enquanto os defesas se iam compensando com um espírito de equipa fantástico.

Esta defesa tem algumas particularidades curiosas que deve baralhar os avançados adversários e a mim também um pouco. Funciona tipo carrocel: Cândido Costa recua frequentemente para lateral direito, Gaspar chega-se ao centro e Alvim avança um pouco. Quando Candido Costa avança, Gaspar tem sempre muito cuidado em reocupar a posição, o que trás maior estabilidade à defesa, pois Sousa apresentava maior dificuldade de entendimento das movimentações do colega. Fica um problema nas movimentações atacantes, pois Candido Costa parece estar sistematicamente atrasado.

Destaque para Ruben Amorim que esta noite se apresentou em plano mais razoável do que ultimamente, aparentando estar mais confiante e a fazer diversas posições no terreno de jogo e para Silas, em plano muito elevado e sempre pronto a iniciar uma jogada de perigo. As saídas para o contra-ataque foram mais uma vez feitas quase sempre com preceito, a equipa está a trocar bem a bola e por diversas vezes vimos situações de 3 x 3 no nosso ataque. Na 2ª parte parecia que o Braga estava a jogar com menos um. Azar de João Pinto que tinha Sandro Gaúcho sempre na sua zona de acção.

Dady está bem colocado na nossa frente de ataque, mas precisa de melhorar alguns aspectos técnicos. É bom a receber a bola e segurá-la, mas quando precisa de organizar jogo é um pouco fraco e toda a equipa fica a perder. Por exemplo, em duas situações de igualdade numérica no nosso ataque, a bola é-lhe endossada, ele está de costas para a baliza e recebe-a bem, mas tendo um defesa por trás, não sabe o que lhe há-de fazer. Note-se que na altura havia vários companheiros a desmarcarem-se. Talvez um simples toque de calcanhar pelo meio das pernas do adversário fosse suficiente, mas creio que o JJ também viu e há-de tentar melhorar essa situação nos treinos.

Voltaram assim os bons velhos tempos dos Belenenses, com bons jogos e boas vitórias. Os cardíacos podem voltar ao Restelo.

Em dia de grandes prejuizos, nada melhor do que uma boa vitória para compensar o azar da noite (o problema da piscina).

Obrigado JJ, Silas, Ruben e companhia.

Nota: na fotografia o primeiro remate à baliza estava a ser feito, a recarga de Rúben veio logo 2 segundos depois. O resultado ficou só em 2-0.

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