terça-feira, 13 de março de 2007

Armando Cabral Ferreira

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Não podia estar à frente do Manchester, porque eles exigem até aos jornalistas uma indumentária adequada, sem ganga ou ténis. Neste capítulo que brilhe Javier para lhe explicar.

Dado que abdica da pré-campanha e há um pré-balanço a fazer, escrevemos mais umas linhas sobre a personalidade do homem.

Mete-se em encrenca por confiar demasiado nas pessoas e neste ponto, presumo que abriu os olhos em relação a muita gente durante o mandato.

Perdeu a virgindade quando foram "brutos" com ele e aprendeu, tanto aprendeu que não o levaram mais à certa.

Tardou em despachar Carvalhal, errou ao acreditar em Couceiro, mas à terceira é de vez... e bingo!

Foi fraco na constituição da equipa directiva e por lealdade nunca entregou ninguém, errado! devia dar a carola de muito bom artista que descolou.

Mas é assim, gosta de trabalhar em mangas de camisa, conseguir uns minutos onde eles não existem para os amigos nos momentos complicados.

Diz não, por sistema e vai pensar, muda quando menos se espera, resumindo, político.

Avança de peito feito como se a ofensa fosse física e fica esmagado quando descobre que não o é. Não esquece ou descura e respeita muito os adversários que o sabem ser.

Desgasta-se e assume as dores do grupo e leva à frente uma luta, em que prefere dispensar os que estorvam, por força de erros globais, (caso Mateus) tem o seu mérito, merece crédito.

Das promessas eleitorais, quase nenhuma cumpriu, com calma até as podia cumprir todas, mas com tempo. Que diabo, alguem explicou ao homem que o mandato tem cerca de 720 dias?

Problemas familiares, da equipa directiva, das heranças do amigo Nunes, e dos outros amigos que cortam o cabelo na Né, dos equívocos da SAD, fez o tirocínio e disse chega, felizmente em boa hora, acordou a tempo do processo Mateus, mas há tanto para fazer...

Vendeu jogadores, até me tinha esquecido que o Belenenses podia vender.

O que deve paga e reconhece a lealdade, mesmo aos adversários, alma grande...

Tivesse ele mais tempo para fazer e decerto faria, mas, mas... Será que os Belenenses saberão reconhecer o seu empenhamento?

Decerto que não é só a sua figura, a equipa é importante, o programa também e sobretudo a justificação do porquê do incumprimento anterior.

Não se quer um homem só, por mais dedicado que seja e sacrificado também não, terá muito que explicar e questões a tratar, desde os estatutos às contas.

A equipa de futebol que construiu, apesar de frágil, concedo que tem muito valor, falha o discurso, o controlo dos factores exógenos ao futebol, sem os quais não há equipa que resista.

Troque-se o plantel incluindo treinador do Belenenses com qualquer estarola e seriam campeões pela certa, então porque não somos?

As piscinas... Os balneários... com elas vejo todas as instalações porque seguem a regra e são o espelho, o que falta fazer?

Os serviços aos sócios, a imagem, a liquidez?

Diga o que tiver a dizer...

Se quiser pôr a palavra "futuro" no slogan, está à vontade, estamos em promoção no que se refere a direitos de autor.

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