sexta-feira, 23 de março de 2007

O freguês que segue

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Após curta passagem pelos blogs do clube e consequentes comentários aos respectivos artigos e, depois de 3 meses de ausência por razões profissionais como “escriba” nestas lides, a propósito do convite do amigo João Pela, que diariamente me “massacra” com a frase: É pá, vê lá se escreves qualquer coisita, entendi por bem, ainda que fora do “meu habitat natural, o BdB”, contribuir aqui com a minha primeira análise á corrida ao lugar de topo.

É verdade, até agora, segundo o que li e sei, acreditem que sei pouco, muito pouco mesmo, nenhuma das “pré”-candidaturas me convenceu até à presente data.

Começo por dizer que não gosto que alguém se afirme ou tente afirmar, criticando terceiros, sem que apresente soluções. Digo soluções para os problemas e não apenas aponta-los, porque apontar os problemas, todos nós o fazemos, com maior ou menor consciência e certeza de sucesso agora, apresentar as soluções e como conseguir ultrapassar os problemas é que não vi ninguém faze-lo.

Por exemplo:
- Todos nós Belenenses, já percebemos que as modalidades têm obrigatoriamente de ser sustentáveis (esta conversa até já cansa), mas qual dos pré-candidatos apresentaram solução de sustentabilidade para as mesmas, ou parte delas? Nenhum! E porquê? Por simplesmente não têm.

- Qual dos candidatos apresentou, por exemplo, a formula mágica da multiplicação de sócios? Nenhum! Porque também ela não depende exclusivamente de campanhas ou intenções ou vontades ou qualquer outra coisa, mas sim de tudo um pouco, até de sorte e não bastará dizer que comigo chegaremos a 50000 sócios em X anos, porque todos sabemos que é mentira, porque não depende de si nem do seu trabalho, por muito bom que ele seja.

- Qual dos ditos disse “azul no branco” como irá implementar a reestruturação do clube? Nenhum! Porque nenhum deles conhece a actual situação do clube, nem mesmo com grande parte de probabilidade de acertar, os actuais dirigentes o sabem.

Pois é meus amigos, o Belenenses é uma lotaria e, por isso mesmo, fazer-se promessas que à partida sabemos que dificilmente vão ser cumpridas na vigência do 1º mandato, não me parece bem.

Como sócio, gostaria essencialmente de ver os pré-candidatos a explicarem “tin-tin por tin-tin” como e em quanto tempo, vão conseguir ultrapassar o passivo gigantesco do clube e, como vão ultrapassar os problemas diários de tesouraria, ou quem são os parceiros financeiros que estarão com eles? Ou como ultrapassar e em que prazos as promessas eleitorais?

Até lá ... me desculpem a sinceridade, mas é só conversa fiada.

Abraço e boa sorte a todos,

Telmo Carvalho

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