Cromos do Belenenses

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Emerson

Nome: Emerson
Data de Nascimento: 12-04-1972
Nacionalidade: Brasileira
Posição: Médio
Épocas no Belenenses: 3

Emerson ingressou no Belenenses proveniente do Curitiba ainda muito jovem, tinha acabado de completar 19 anos de idade, para jogar na II Divisão de Honra.

Naquele que terá sido um dos mais brilhantes actos de prospecção por parte do Belenenses, Emerson chegou ao Restelo na temporada 1991/1992 na companhia de Luiz Gustavo e de Mauro Airez.

Sem grandes problemas de adaptação a Portugal e ao futebol português, cedo se impôs no onze titular que devolveu o Belenenses à I Divisão no final dessa mesma época, assumindo-se naturalmente como o grande pulmão do meio-campo Azul.

Na época seguinte (1992/1993), estreou-se no Campeonato maior do futebol português pela mão de Abel Braga, e apesar de muito jovem, sempre foi produzindo um futebol de grande maturidade, assente na sua enorme pujança física.

Na temporada 1993/1994, Emerson fez o seu último ano com a Cruz de Cristo ao peito, foi um dos homens mais destacados do Belenenses desafio após desafio, desarmando e distribuindo jogo com igual eficácia, factor que despertou naturalmente o interesse de outros emblemas.

No Verão de 1994 assinou pelo Porto, num negócio pouco claro, que envolveu troca de jogadores entre Belenenses e Porto.

Emerson, jogador de enorme valia, seguiu de Lisboa para a Cidade Invicta, enquanto que no sentido inverso viajaram alguns jogadores de qualidade duvidosa...por empréstimo (!?)

Assim, chegou ao Restelo um contentor com os excedentes do plantel do Porto, contentor esse composto por Miguel Bruno, Álvaro Gregório, Bino, e Abílio.

Todos juntos não faziam sequer um Emerson!

Analisando bem os contornes do negócio, facilmente se depreende que o Belenenses pagou para o Porto contratar Emerson, isto é, Emerson tranferiu-se a custo zero (0$) para o Porto, ficando em troca o Belenenses durante uma época a suportar o ordenado dos emprestados que rumaram ao Restelo, que depois regressaram ao Porto no final da época.

Se se pode dizer com segurança que Emerson está ligado a um grande acto de prospecção por parte do Belenenses, pode também afirmar-se com confiança que Emerson está igualmente ligado a um dos piores negócios da história do Belenenses.

Emerson ficou então no Porto, onde acumulou títulos, durante 2 épocas, passadas as quais, o Porto fez um óptimo negócio com o jogador pois vendeu por uns bons milhares de contos o que comprou a custo zero.

Vendido ao Middlesbrough, passou depois pelo Tenerife durante 2 épocas e meia, Desportivo da Corunha durante 2 épocas, Atlético de Madrid durante 1 época, Glasgow Rangers durante meia época, Vasco da Gama durante 1 época e meia, Xanthi durante meia-época, e AEK de Atenas que representa actualmente há 1 época e meia.

Durante o tempo que jogou no Belenenses, Emerson, foi um recuperador nato de bolas, foi o guerreiro que carregou inúmeras vezes a equipa às costas, foi o suporte de todo um meio-campo.

Emerson funcionou não só como o dínamo gerador das acções ofensivas, funcionou também como o primeiro obstáculo para impedir que a sua defesa fosse apoquentada pelas acções dos avançados adversários, um autêntico carregador de piano.

Emerson, um dos melhores jogadores que passaram pelo Belenenses e pelo Campeonato Português, é um motor que nunca gripa.

Hoje, ainda a passear na Grécia a classe da sua veterania (34 anos), ainda pratica um futebol que antes de ser já o era...adulto.

Em Atenas, no Monte Olimpo, Concílio dos Deuses, ainda se recordam bastas as vezes os tempos em que o muléque Emerson representou o Μπελενένσες...assim se diz Belenenses em bom Grego.