Definem os estatutos que a apresentação das contas ocorre em Abril.
Os mesmos estatutos remetem para o mês de Abril a bienal corrida ao poder, à qual chamamos de eleições e a definição mais apropriada é Assembleia Geral Ordinária para eleição dos órgãos directivos.
Entre as muitas lacunas que os estatutos patenteiam, figura a ausência de norma ou precedência das Assembleias Gerais Ordinárias e sabemos que o bom senso nestas coisas de estatutos é uma miragem, tal como o seu cumprimento.
As contas de 2005 foram chumbadas em AG e dadas como aprovadas, sem que daí viesse mal ao mundo, coisa que por acaso esteve à beira de acontecer com o célebre Orçamento Rectificativo e só a oportuna intervenção de Pedro Patrão fez repôr a verdade.
Vistas por outro lado, as contas interessam a um núcleo de sócios que podemos situar na centena, com uma inflação a todo o tamanho, para não dizer a uma dúzia.
Muitos dos que pontuam das AGs fazem-no, mais pelo período “antes da ordem do dia”, outros porque não têm que pagar bilhete pelo espectáculo e ainda há os que lá vão por não terem outro sítio para vomitar (literalmente), estes uma minoria, sempre desestabilizadora.
Ora nas AGs de apresentação de contas e de orçamentos, vale o princípio de um homem um voto, aliás, como em todas as outras Extraordinárias. É nessas AGs democráticas, onde se discute o clube e o peso dos sócios difere grandemente das “eleitorais”.
Dizem que é por protecção do clube, apenas argumentos falaciosos sem consistência.
As AGs são marcadas pelo respectivo presidente e a mais alta figura do clube, actualmente o Engº Machado Rodrigues, nos termos estatutários e no dia que lhe aprouver.
Nessas marcações, os interesses do clube e as razões atendíveis da direcção, tal como os seus interesses pessoais (e porque não), são pesados e determinam o seu despacho.
Pode qualquer sócio pedir que seja nesta ou naquela data?
Claro que sim, enquanto sócios nada os inibe de pedir ao presidente o que entenderem.
Valerá a pena?
Ponho todas as dúvidas, porque para além dos motivos já invocados e referindo-me concretamente às contas, o mais certo é nem depender dele em primeira linha, uma vez que está condicionado pela apresentação de contas por parte da direcção.
Cabral Ferreira já fez saber que os sócios teriam as contas 15 dias antes das eleições e que necessariamente a AG não teria de ocorrer antes, logo, como conhecemos os métodos, 15 dias é mais ou menos, arriscaria menos, como o processo de marcação demora três ou quatro dias, feitas as contas tudo indica que serão conhecidas, mas a sua aprovação/reprovação não será conhecida.
Sabendo que após as eleições marcadas para 28, entram pela noite e as entrevistas e comemorações de vitória ou o afogar as mágoas dos derrotados, o cansaço e os ânimos não estarão disponíveis para outra AG no domingo 29, resta o dia 30 segunda-feira, não acreditam?
A capacidade de nos metermos no outro lado, leva a conclusões óbvias, mas nem sempre acertamos.
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