quinta-feira, 29 de março de 2007

Numeração a caminho do meio pau

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Os números mentem, conforme os analisamos e a matemática é um mero exercício de racíocinio.

Tal como quatro buracos, se tapar meio, não fico com três e meio, duas maçãs e duas velas, não são quatro velas ou quatro maçãs.

Pertenço a uma classe que não liga ao valor do número pelo número e mal sei o número de sócio, nem estou para aí virado.

O número de sócio, serve como instrumento de identificação perante o clube e atribui-se um valor de belenensismo irreal, que em muitos casos ronda a idiotice.

Sabemos que a valorização caminha para o 0 e damos valor relativo à ordenação.

Não vale a pena desenvolver tese, sobre se um garoto/a de dois anos de vida e sócio/a é mais benenenses que um jovem que se filia por convicção quando começa a ganhar uns tostões seus aos 26 anos, nem outras situações de atletas e praticantes com números baixos, cujo clube de coração é outro.

O almejado belenensómetro, retiraria daqui apenas a sombra de uma hipotética imagem de um indicador mínimo.

Então para que serve o número na realidade?

Entre outras questões relevantes, serve para dizer quantos somos e se estamos empenhados activamente no clube, leia-se com as quotas em dia, como mínimo.

Será discutível, apurar quantos somos em determinado momento, fruto de uns estatutos ambíguos que determinam que a direcção “pode” tomar determinadas acções, logo não é imperativo, com vista ao abate.

Nem a direcção explica qual o momento e em que condições considerou os associados, para efeitos dos números apresentados em relatório de contas.

Reafirmo que para mim o número não tem valor significativo, em si, como exemplo daria que muitos praticantes amigos têm um número mais baixo que o meu e quando querem discutir o belenenses ou futebol, o fazem como se pertencessem a outros clubes e de facto a sua convicção é essa, deixando-me a mim a defesa do embelema, o que muito me honra, pela sinceridade e a entrega assumida que me reconhecem.

Vem isto tudo a propósito do número e do “quantos somos?”, elemento essencial na identidade e definição do grupo, com as suas condicionantes.

De algum modo e também para obviar o conceito de “piscineiro” do presidente (ao que parece é substancialmente diferente de várias versões), que proporciona que haja quem se inscreva como sócio todos anos, para fazer dois ou três meses de piscina, logo, estará na lista de associados, um número indeterminado de vezes, após a última revisão.

Nem sei como se afere o belenensismo de uma associada que tem quatro ou cinco números (assisti a um caso que é o limite do meu conhecimento pessoal), se vale o primeiro, o último ou até nenhum, dado estar no estabelecimento ao lado, onde paga as quotas obrigatoriamente como tranche ou taxa de um serviço.

Retomando o rumo de pensamento, creio ser de vital importância, redefinir o estatuto de sócio e proceder à renumeração, sem que se faça por esta ordem, procedendo à renumeração sistemática, sempre que um determinado tempo ocorra ou 30% dos sócios estejam em falta.

A renumeração assume assim um factor de identidade e será o mínimo que se pode esperar.

É nestes casos que àqueles que invocam, o querer estar o mais próximo do 1, que respondo, fico triste se numa renumeração ficar abaixo dos 10 000, são ópticas que não me impedem de exigir a renumeração.

Importa estar dentro de corpo e alma, respeitar e honrar os que aqui pereceram no seio da “família”, aceitar os que partilham as nossas ideias e dedicar especial atenção aos que colaboram ou contribuiem para os fins do clube, para isso temos de saber quem é quem, naturalmente descontar aqueles que obrigam a bandeira a meio pau.

Venha a renumeração como promessa eleitoral, ser Belenenses é uma honra e uma identidade única, não um número a caminho do 0 ou da morte.

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