Vai fazer dois anos que Cabral Ferreira enfrentou Mendes Palitos, com ambos os candidatos a utilizarem o discurso da continuidade, onde cada um era mais continuador que o outro.
Ambos manifestaram posição para a revisão dos estatutos, os dois tinham propostas interessantes, desequilibradas nos executantes.
Passados dois anos, o termo continuidade foi banido e se Cabral Ferreira vem falando à bastante tempo em ruptura, o diapasão está em conssonância com os restantes candidatos.
O discurso eleitoral, pouco trás de novo aos manifestos e posições conhecidas, não se arrisca um milímetro em qualquer polo de evolução a nível dos estatutos ou nas estratégias para as modalidades, amadoras versus profissionais, instalações, enfim a modernização que falta.
95% das intenções foram defendidas ou podiam ter sido escritas por mim e 90% encontram-se de algum modo referenciadas no blog ao longo destes seis meses, afinal o que há de novo?
O que será que impede o cumprimento pragmático da modernização do Belenenses?
Porventura, as pessoas, a vontade e os estatutos.
A falta de coragem para assumir a modernidade é tremenda, condicionada por um sistema perverso que mantem o clube nas mãos de meia dúzia.
Começa a roçar a cobardia, não dar o poder de decisão aos Belenenses, ninguem tem a coragem de o assumir.
Querem e tudo indica ser um ponto em comum dos candidatos, passar de dois para três anos o mandato, ora se já é demais um, ainda querem mais?
Até posso compreender que determinados projectos só poderão ter exito em mandatos de 3 ou 4 anos, mas nunca com estes estatutos e sempre com a vida facilitada aos sócios para poderem substituir a direcção se algo correr mal.
Não mexer nessas questões é absurdo, tal como é absurdo, gerir um clube por duodécimos de um orçamento reconhecido incapaz pela direcção que o aprovou.
São este tipo de questões, como o voto dos sócios que impede a progressão deste clube.
Creio, que o medo de uma penalização até se pode ultrapassar por várias vias, mas sejamos claros e falemos de olhos nos olhos.
P.S. Vamos lá a ver senão repetem a gracinha de meter a carola no Malato do corpo do rapaz.
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