E o meu amigo escreveu-me...

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Ao fim de 17 meses das eleições, o meu amigo e presidente escreveu-me, para dizer no essencial o que deveria ter feito na altura, unir os belenenses. Vale mais tarde que nunca.

Para eu não dizer coisas, mandou a cópia para todos os sócios, mas esqueceu os adeptos, daí aproveitar para divulgar, antes que pensem que é uma cabala, tipo soquetes.

Antes que as más-línguas se soltem, vou dizendo que estive com ele, hoje no Restelo, num encontro casual e trocámos impressões.

Como será de imaginar, o conteúdo do encontro versou alguns motivos da missiva que me enviou e lateralmente outros que não vou obviamente especificar. São opiniões entre amigos.

Do documento ressalta que o meu amigo presidente Cabral Ferreira, considera os sócios como o activo mais importante, incluindo os 33% de jovens que não podem votar e os que têm menos de um ano, mais os que vierem e não são votantes, o que prefaz um número significativo de sócios sem voto na matéria.

É claro que discordo de várias questões relacionadas com o assunto, será justo?

Ninguém admite um bébé a votar, nem aos 10 anos, mas o sistema está obsoleto.

Discordo porém a passagem em que me pede o apoio nos bons e maus momentos sem regatear o apoio aos atletas.

Será que ele espera que apoie e elogie atletas que não cumprem com o seu dever, não honram o clube, nem a sua profissão e façam da sua equipa um mero emprego com ordenado ao fim do mês? Não, não e não o meu aplauso distingue os que se dedicam e esforçam, eleva os que dão tudo em prol do belenenses.

O meu aplauso é caro, caro presidente, o meu aplauso distingue os que o merecem de acordo com o meu coração.

Medalhas, condecorações, também por aqui vão existindo, temos armários cheios para dar, agora o apoio e o aplauso, não é para todos, é para os que o merecem.

Como homem de missão e projecto que sempre fui, só conheço a expressão, "Missão cumprida" as dificuldades e os obstáculos são pedras do caminho, nunca desculpas.

Usar azul, não é ser azul.

Belém, mais alem.

Xandala